Estrada de estrelas mortas
Ao descer do cavalo branco,
Você brilhou sob constelações belas.
Fui teu alvo, e a flecha em meu flanco,
Teus olhos, minhas vielas.
Cinco astros germinando o asfalto.
As estrelas estavam mortas. Fiquei manco.
Você brotou em mim, sementes singelas
De orquídeas que voavam com o tranco
Do cavalo. No céu: apenas janelas.
Cinco astros germinando o asfalto.
Grite comigo, me lance ao barranco.
Não há luzes que me livrem das celas
Da quinta-feira: um estrondo tão franco.
Penas caíam, cruéis sentinelas.
Cinco astros germinando o asfalto.
Levante um véu de estrelas. Me deixe no descanso
De um brilho tão perfeito quanto capelas.
Não deixarei queimar, nem mesmo o tamanco
Que ornei em teus pés, brilhando como estrelas.
Cinco astros germinando o asfalto.
N.T Schreiner
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