Dueto Circular

Eu ando admirando os meus planos, não me importo com as consequências. O meu objetivo é derrotar um Super homem que eu digo ser a minha bicicleta, andei procurando por ela por muito tempo, mas ela parece voar em Misericórdia, acho que o meu encontro com ela será o meu Nêmesis. Tem uma faca em minha mão, e ela aponta no oeste, não procuro marcar de rodas, e muito menos pelo cheiro do metal, eu quero tentar achar esse sentimento que eu perdi ao longo de toda a minha vida, não sei se meus Sentimentos que guardo em todo meu peito são as questões que deixei cravada no peito dela, ou, são ações do desespero que não paguei. A ideia que todos nós vamos partir desta vida é uma forma sensacional de cumprir um objetivo tão insignificante, mas por essa formiga que eu sou, eu tento alcançar estrelas que nunca vou ver, só se eu rachar esse paraíso, amo à Terra. Procuro duas rodas, sim, minha ambição, mas também procuro a minha bicicleta, mas isso é opção. Escalando em um morro eu não sei o que é a minha vida, talvez amar ela seja o meu propósito, um soneto da felicidade, meus pés desmembrados ainda andam, e sorridente eu permaneço, porque negar a vida não é uma opção, se é meu dever viver, como um recruta vou honrar Oque foi dito. Sinto-me Exausto, mas quero cumprir todas as demandas que criaram em meu corpo, meus órgãos são valiosos o bastante para serem desperdiçados, empunhando o freio que pode mudar a realidade, eu prefiro esperar a meritocracia rolar. A chuva escorre, escorrendo sem parar, tudo alaga, mas os patos conseguem caminhar agora, piso sobre a água fingindo ser profeta, mas acho que sou tolo. Desconstruir a realidade não é muito o meu forte, admito, mas deixar eles terem essa palavra que não reconheço chamada "Sofrimento" não parece nada mal, entender para mim não é uma opção. Eu ando por tantas escadas, que cada uns delas se racha, com essas peças que se decompõe, tantos vão à ruína, mas apenas procuro uma bicicleta que as pegadas estão tão perto, o meu mundo já se explodiu, e minhas lágrimas se escondem em um sorriso, dentes brilhantes que escondem um amarelo, 

Andando
                            Andando 
                Andando 
                             Andando
        Andando 

       Andændo
E eu te encontrei, tantos anos que eu procurei, me custando toda a realidade que jurei perceber ser felicidade, doutrinado a ser feliz, eu esqueci o sentimento do infeliz, agora estou compreendendo que o meu coração partido cria muito mais mundos que aquele coração tão limpo de impureza que eu tinha, minha bicicleta, sem um pedal que a consciência é rasgar meu chinelo, com uma pintura se decompondo igual o meu País, A marcha que rodava tanto no final se quebrou, e o freio que fazia eu parar de sorrir me fez não ter evitado um carro, e de corpo esquartejado eu morro sem apertar a minha palma no Guidão, e aquelas rodas que eu tanto procurem? Se perderam por eu achar que a simplicidade de um homem comum me traria a tirania.

Comentários

Postagens mais visitadas