Carta-Manifesto: Um Novo Parnaso Hoje, Para Todo Sempre!

    Eu escrevo, tu lês — quem de nós entrará para a história?

Anne-Louis Girodet (1801-1802), Ossian Recebendo os Heróis Franceses

    Arte é o esforço de deixar obras pelo tempo, transfigurar a finitude do sujeito só e seu íntimo, para estendê-la a multidão de todos os outros. Apreciar aquele quadro de Goya, ouvir Bach ou ler versos de Sousândrade é dar-se de frente com inúmeras almas mortas, mas distendidas na matéria até os dias de hoje.
    E dar-se um posto na história, pelo esforço da arte, não é processo fácil, sem exigências. Fazer arte é um caminho solitário, muito íntimo e cercado de dúvidas; a certeza do talento só, não basta! É preciso coragem para expor-se, tempo e material para alcançar os olhares do público.
    A literatura, por sua vez, é a artéria mais árdua nas vias da arte. Um saber muito antigo, por certo, mas hoje limitado a apreciadores dispersos. E menos pelo número, mais pela dispersão, não se pode mensurar sequer quantos ainda restam de apaixonados pela arte das palavras.
    O Novo Parnaso, este simples blog, tem uma proposta humilde, mas aliada a causa poética: uma revista eletrônica e comunidade de autores, focada em reunir e apoiar aqueles com interesse em produzir escritos; desde versos, ficção e não-ficção, estamos abertos ao recebimento de novas obras, com um enfoque generalista de estilos e conteúdos. E tudo de maneira coletiva, gerindo entre os pares do grupo, que aprovam os conteúdos a serem publicados.
    Buscamos os apaixonados, que tencionam contribuir de maneira voluntária para as publicações, não só escrevendo, mas lendo e revisando junto ao coletivo, não temendo comentar nem comentários, para a virtude de escrever melhor e de maneira cativante. Temos predileção pela temática simbolista e parnasiana, mas não tememos a experimentação. Aqui, aceita-se poemas de forma fixa e livre, contos, crônicas, romances, ensaios, traduções, críticas e comentários, para o deleite do autor que participar junto a nós.
    E trabalhamos com dias fixos na semana, relativos principalmente ao conteúdo, nos revezando entre autores e publicações, para que cada um tenha um tempo para organizar seu material, mas também para que o conteúdo não cesse! O fluxo de trabalho é constante, mas não deve pesar para nenhum dos membros.
    O que desejar compor nosso quadro de poetas e escritores, pode vir ao nosso contato através dos e-mails e perfis no Twitter, para discutirmos sua participação.
   Venha conosco, contribuir para a criação de um novo legado poético — ser como aqueles Cruz e Sousa e Rimbaud do passado, que até hoje se leem e se falam, para no futuro ser lido e falado!

    escreve esta Carta: David Hanry
    assinalam: os demais

Comentários

  1. Na graça de qualquer literatura
    Bem feita por um estro genial
    Será desnuda tanta formosura
    Que, sol na praia, toma das mulheres
    Seus corpos no vigor essencial
    Da vida pelos seios grãos de Ceres.

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