Caixinha de surpresas
Estou partido ao meio, entendo o meu propósito aqui. Meu cadáver já entrou em decomposição, não estou entendendo a minha vida, porquê ela só se baseou em felicidade, e não vi tantas infelicidades do Mundo. Meus olhos estão saltando, em ruína minhas Lágrimas são de sangue, não sinto dor, eu tenho sentimentos,de todas as dores que eu fiz nesse admirável mundo novo de sangue, cada facada que fiz em uma metáfora, cria zumbis igual a mim, retornando o ódio. Tirando essas terras podres, meus dentes se assemelha igual a elas, tem tantas larvas em mim, que cochicham vozes dizendo que sou um herói escolhido para governar o mundo, mas também declarado um vilão para destruir tudo em vidas que nem entendi de onde vem a origem, meu dinheiro entrou em uma decomposição no solo, gerando árvores,uma floresta de fruto milionário, demanda baixa. Minhas unhas estão saltando, minha pele descascando, meu cabelo se foi, meus sonhos de criar novas realidades eram piada, todos riem de mim, o meu destino é viver, em uma pá que vai cavar a minha cova eu flerto de tesão, você vai me salvar, por me tirar do solo, que eu tanto me humilhei para fazer. Criações de mundos novos, eu andei odiando a minha chuva, por não entender meus queridos defeitos que habitam em mim, quero sumir, quero chorar, a vida é muito difícil, porque a minha vida é tão difícil? Eu enquanto estava vivo, cansei de andar, dormir,comer, levantar, e o processo de automatização do ser humano, outros diziam ser Capitalismo, alguns a punição de Deus, juntando se torna a A mão do Capitalismo sobre o Homem, mas que nome engraçado. Não quero ser complicado, na minha barriga já expôs as minhas entranhas, cada pedaço é difícil, não aguentei a vida e nem a morte, a existência criei em minha cabeça que nunca mais sofrerei diante da morte, mas antes de nascer eu me preparei para cochilar e gritar, na vida gritei, e na morte gritarei em um cochilo, o capitalismo me fez um homem que me criou a ideia de um objeto que eu intitulava uma mulher, mas com tantas lápides ao meu redor, já caindo, eu gostaria de me matar na frente de cada uma delas para eu criar o meu próprio perdão, por eu ser o objeto do plano material delas, que se achava que tinha a capacidade de brincar como uma mão de Deus segurando um anjo. O braço está ao alto, pronto pra partir aos Céus, mas eu estou no meu purgatório, o teatro suicida,com medo da chuva, a vida uma imortalidade ensaiada que dançamos para comemorar nossa futura morte, futurista,a minha caixinha de surpresas ensaísta daquela decadência.
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